segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cartas de Aceite

Os congressistas que precisarem, devido aos trâmites burocráticos ou pedidos de auxílio, de uma Carta de Aceite, por favor, encaminhem pedido para o encontrohq@gmail.com

Resumos Aprovados

Já estão disponíveis os resultados das avaliações dos GT´s.

Atenção: alguns trabalhos foram realocados em um GT diferente daquele em que se inscreveu. Procure seu trabalho nos outros GT´s também.

Os Gt´s 4 e 5 tiveram poucas inscrições e os trabalhos aprovados foram aglutinados nos outros Gt´s.

confirar aqui a listagem dos resumos aprovados:


Lembrando que o prazo para envio dos trabalhos completos para publicação nos anais do evento vão até 04 de julho.

As inscrições nos Mini-cursos só serão feitos durante o Credenciamento, até o preenchimento do número de vagas disponíveis.

Sua inscrição deve ser paga pelo PagSeguro, disponível aqui.

Qualquer dúvida, entrem em contato pelo email: encontrohq@gmail.com

Att,
Comissão Organizadora

Horários da Programação


28/07/11
29/07/2011
30/07/2011
31/07/2011

Quinta
Sexta
Sábado
Domingo
8h00-
9h45

Credenciamento
SALA 1
Mini-curso 1
SALA 2
Mini-curso 2
SALA 1
Mini-curso 1
SALA 2
Mini-curso 2
10h00-11h00

SALA 1
Mini-curso 3
SALA 2
Mini-curso 4
SALA 1
GT 1
Sessão 1
Sessão 2
SALA 2
GT 2
Sessão 1
Sessão 2
SALA 1
GT 1
Sessão 3
Sessão 4
SALA 2
GT 2
Sessão 3
Sessão 4
11h00-12h00
SALA 2
GT 6
Sessão 4

12h00-13h30



13h30-14h00



SALA 2
GT 6
Sessão 1
Sessão 2
Sessão 3

SALA 2
GT 6
Sessão 5
Sessão 6
14h00-16h00
Credenciamento
Conferência de Abertura
Profª Drª Sônia Luyten
SALA 1
GT 3
Sessão 1
Sessão 2
SALA 1
GT 3
Sessão 3
Sessão 4
16h15-18h00
SALA 1
Mesa-Redonda 1
SALA 2
Mesa-Redonda 2
SALA 1
Mesa-Redonda 3
SALA 2
Mesa-Redonda 6
SALA 1
Mesa-Redonda 4
SALA 2
Mesa-Redonda 5
19h00-19h30

Lançamento de Livro
Coquetel de Recepção
SALA 1
Mini-curso 3
SALA 2
Mini-curso 4

19h00-20h30







GT01 - Pesquisa, ensino e quadrinhos

GT01 - Pesquisa, ensino e quadrinhos
 Coordenação: Profª. Drª. Valéria Fernandes (FTBB/DF) e Profª. Natania Nogueira (Rede Municipal de Ensino de Leopoldina/MG)

SESSÃO 1 |  30\07  | Sala 1 | 10h00 – 11h00

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM SALA DE AULA: LER PARA QUÊ?
Adriana Letícia Torres da Rosa (UFPE)
José Batista de Barros (UVA)

Diante da importância do ato de ler como forma de participação cidadã, bem como da necessidade da formação de leitores que passeiem compreensivamente e dialogicamente pela diversidade de gêneros textuais, este trabalho tem como propósito apresentar uma discussão a respeito do estudo do gênero história em quadrinhos no ensino-aprendizagem de língua materna. O estudo insere-se nas perspectivas teóricas que vislumbram a linguagem como forma de interação social, conforme Teoria dos Gêneros do Discurso bakthiniana. Em março de 2011, entrevistamos 10 professores de língua portuguesa, Educação Básica, a fim de identificar as abordagens pedagógicas utilizadas nas atividades de leitura do referido gênero. Os resultados apontam para o fato dos quadrinhos serem bastante presentes na sala de aula, contudo, seu potencial como mediador de leitura deleite associada à crítica precisa ser mais trabalhado.

A LEITURA ESTUDO DO TEXTO: HISTÓRIAS EM QUADRINHOS NO LIVRO DIDÁTICO DE PORTUGUÊS
Adriana Letícia Torres da Rosa (UFPE)
José Batista de Barros (UVA)

Na perspectiva do letramento, a leitura é uma prática social de uso da escrita pela qual a interlocução compreensiva e ativa de sujeitos, autor-leitor, é mediada pelo texto. Os leitores valem-se da leitura com objetivos diversos, tais como buscar informações, realizar atividades, documentar-se, estimular a imaginação, e, ação muito presente na academia, estudar o texto. Nesse contexto, filiando-se à Teoria dos Gêneros do Discurso de Bakhtin (1979), este trabalho tem como objetivo apresentar como as histórias em quadrinhos são abordadas nas atividades de leitura estudo do texto dos livros didáticos de português do Ensino Fundamental. Para tanto, analisamos, em três coleções do 6º ao 9º ano, os exercícios de compreensão e interpretação de textos voltados para esse gênero. Metodologicamente, identificamos todos os gêneros trabalhados na referida seção, fazendo um contraponto com o HQ. Posteriormente, apontamos o tratamento teórico-metodológico subjacente ao enfoque dado à leitura do gênero. Trabalho em co-autoria com a professora doutora Adriana Letícia Torres da Rosa (UFPE).

AS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS EM PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Patrícia Cristina de Aragão Araújo (UEPB) Doutora em Educação.
Letícia Rameh Barbosa (FASHO/FASC) Doutora em Educação.
Isabel Cristina Ferreira (IPDI) - Esp. em PROEJA-IFPE, Esp. em Psicopedagogia - FACHO

Neste artigo, discutimos acerca das possibilidades pedagógicas contidas nas linguagens das histórias em quadrinhos enquanto recurso didático em processos educativos escolares, através da aula oficina na Educação de Jovens e Adultos. Nossa proposta é mostrar que os quadrinhos, como uma forma de arte, apresentam, um potencial educacional, que possibilita o incentivo às práticas de leitura e escrita nesta modalidade de ensino. A aula oficina instrumentaliza uma ação pedagógica, que quando trabalhada através dos quadrinhos, motiva no cotidiano da sala de aula, que educandos/as, possam a partir da linguagem lúdica e criativa dos quadrinhos, em seus textos escrito e visual, elaborar uma interpretação do mundo vivido e da realidade da qual fazem parte, contribuindo assim, para uma aprendizagem significativa e movedora de sentidos no contexto da escola. Como referencial teórico norte neste estudo, trabalhamos a partir das perspectivas de Freire (2002), Barca (2004), Loch et al (2009), O´Sullivan ( 2000), Certeau (1994) e Sacristan (2004). Nosso arcabouço metodológico está ancorado nos saberes produzidos por Franco (2004) e Aumont (1993). Este estudo nos permitiu compreender, que o uso dos quadrinhos na educação de jovens e adultos, permite que a partir de uma linguagem educativa facilitadora da aprendizagem, contribua nas práticas de leitura e escrita, através de um fazer pedagógico, centrado numa ação dialógica, conscientizadora e contextualizadora. Palavras-chave: História em Quadrinhos. Educação de Jovens e Adultos. Leitura. Escrita.

REFLEXÃO QUADRO A QUADRO: LEITURA, INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO TEXTUAL EM HQs
Elaine da Silva Santana (UFPE)
Jaqueline Maria da Silva (UFPE)
Graduandos em Letras Português/Espanhol

Enquanto bem cultural, a Banda Desenhada (BD) - em especial as Histórias em Quadrinhos do tipo Aventura - já conquistou um enorme público tanto jovem quanto adulto. Compreendendo a escola como lugar privilegiado para o desenvolvimento da reflexão e da aprendizagem, acreditamos que trazer para a sala de aula algo que seja do repertório de gostos do aluno é um meio eficaz de instigar nesse a necessidade e o interesse de questionar, bem como de participar ativamente do processo de ensino-aprendizagem. Nosso trabalho pretende mostrar como as HQs do gênero aventura podem ser levadas para aulas de Língua Portuguesa e Literatura. Para tal, exploraremos os elementos exigidos em sua leitura, aproximando-os de conteúdos tradicionalmente abordados nas citadas disciplinas, e ainda refletiremos a respeito das possibilidades de reflexão sobre a sociedade que as HQs proporcionam. Nossa visão atinge ainda a disciplina de Artes Plásticas, encarando não só a BD como expressão artística, mas também seu diálogo com outras formas de arte.


SESSÃO 2 |  30\07  | Sala 1 | 11h00 – 12h00

PROJETO MAMUTE: UM ESTUDO DE CASO DE ENSINO DE HISTÓRIA EM QUADRINHOS COMO AÇÃO VOLUNTÁRIA EM ESCOLA PÚBLICA
Alberto Ricardo Pessoa (UFPB)
Doutorado em Letras (Universidade Mackenzie) Mestre em Artes Visuais (UNESP) Licenciatura Educação Artística. Professor da UFPB.

O objetivo deste artigo é apresentar um estudo crítico de um estudo de caso de uma proposta de ensino voluntária em uma escola pública de 1º e 2º graus, abrangendo desde concepção da proposta, implementação, dificuldades e resultados obtidos. Desenvolvendo os resultados apresentados na dissertação de mestrado entitulada %u201CQuadrinhos na educação: Uma proposta didática na educação básica, consideramos que o estudo de caso necessita de uma revisão crítica e apontamentos pedagógicos de pesquisadores como Waldomiro Vergueiro, Paulo Ramos e Will Eisner. Dentro dessa linha de pensamento, este artigo se propõe a estabelecer conceitos técnicos e teóricos que propiciem a conjectura de um curso voluntário na educação básica.

ENTRE AS PRÁTICAS E SABERES DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: LEITURAS DE INCLUSÃO EDUCACIONAL NO ENSINO FUNDAMENTAL
Patrícia Cristina de Aragão Araújo(UEPB), Doutora em Educação
Maria Lindaci Gomes de Souza (UEPB), Drª em Educação (UFRN), Profª Dep. de História (UEPB).
Maria Aparecida Barbosa Carneiro, Departamento de Serviço Social (UEPB)
Silvano Fidelis de Lira (UEPB), Graduando em História

As histórias em quadrinhos, enquanto mídia e artefato cultural, consistem num significativo ambiente de aprendizagem, sobre as questões relativas ao mundo social, entre as quais aquelas atinentes à educação escolar. Na contextura da escola, o quadrinho enquanto espaço educativo possibilita que docentes e alunos, trabalhem através de eixos temáticos, a inclusão de pessoas com necessidades educativas especiais, chamando atenção a partir do contexto da aula, sobre a importância de perceber os sujeitos educativos, pessoas com deficiência. Visto por este modo, os quadrinhos educam, numa perspectiva que pode motivar uma ação pedagógica inclusiva visibilizando sujeitos que muitas vezes são excluídos no espaço escolar. Este artigo discute sobre a educação inclusiva na perspectiva de pessoas com necessidades educativas especiais nas histórias de quadrinhos da Turma da Mônica, a partir de análise de personagem que representa criança com deficiência visual. Nossa proposta é mostrar que existe uma pedagogia dialógica na arte dos quadrinhos, e esta ação educativa permite fazer leituras sobre a realidade social e que pode na aula, entre turmas de ensino fundamental, ser incluída como conteúdo de aprendizagem. Nos ancoramos teoricamente a partir dos estudos de Freire (2002), Sousa Santos (2009), Bauman (2001), Cuche (2002) e Chartier (2002), na qual embasamos nossa análise. Trabalhamos os quadrinhos na abordagem da análise de conteúdo com base nas proposições enfatizadas por Franco (2004) e Aumont (1993), propiciando perceber como os conteúdos e as imagens veiculadas nos quadrinhos nos permite compreender como estes abordam a questão em torno da educação inclusiva e dos direitos humanos e sociais.

POSSIBILIDADES DE USO DOS QUADRINHOS EM AMBIENTE ESOCLAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Natania Nogueira
Professora da Rede Municipal de Ensino Básica – Leopoldina (MG)

As histórias em quadrinhos são uma mídia que tem ganhado espaço cada vez maior entre o meio escolar. Embora ainda seja recebido com certa desconfiança pelos professores do ensino fundamental II e pelo ensino médio, seu uso como instrumento complementar de ensino e a forma como atrai os estudantes para o mundo da leitura tem rendido boas experiências de trabalho. Na presente comunicação pretendemos expor alguns dos resultados do nosso trabalho com quadrinhos em uma escola que atende da educação infantil ao ensino fundamental II, realizado por meio de uma gibiteca, cuja implementação teve início no ano de 2007.

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: MEDIANDO A BUSCA PELA SUPERAÇÃO DO TRADICIONALISMO
Gil Anderson Ferreira Silva (UFPI)
Josélia Saraiva e Silva (UFPI)

Nesta produção trabalhamos com a perspectiva de contribuir para a valorização de ferramentas didáticas não convencionais, mais especificamente as histórias em quadrinhos, nas aulas de geografia. Nosso propósito é apresentar e discutir o potencial das HQs enquanto recurso didático, bem como a aplicação desse recurso nas aulas da Educação Básica. Apresentamos também, a título de exemplificação, os relatos de experiência de professores de geografia que fizeram uso desse recurso em sala de aula. Como metodologia utilizamos a revisão de literatura e analise dos relatos de experiência produzidos pelos professores. Constatamos que o uso de quadrinhos pode melhorar a assimilação de conteúdos geográficos pelos alunos. Então, os gibis podem auxiliar os docentes de geografia a ministrarem conteúdos dessa disciplina.


SESSÃO 3 |  31\07  | Sala 1 | 10h00 – 11h00

ÂNGELO AGOSTINI E A EDUCAÇÃO PELA ABOLIÇÃO NO SEGUNDO REINADO DO IMPÉRIO DO BRASIL
Thiago Vasconcellos Modenesi
Licenciado em História (UFPE), Esp. em Ensino de História (UFRPE) e Mestrando em Educação (UFPE)

Nosso trabalho estuda a formação da corrente abolicionista no contexto do Segundo Reinado do Império brasileiro. Para fazê-lo parto do que se conhece sobre a escola pública da época, que era voltada para a minoria enquanto a maior parte da população continuava analfabeta. Tendo essa informação quero levantar elementos comprobatórios de que se educava além do espaço escolar formal. Entendo a formação do ideário abolicionista como um processo educativo, algo que contagiou parte da elite da época, que teve contato com ideias vindas da Europa e o fim do trabalho escravo no restante do mundo, para os mais humildes e alijados da Corte, tornando-se um movimento que envolveu larga parcela do povo. Encaro a Revista Illustrada como uma publicação que, pela longevidade, circulação ampla e presença de imagens cumpriu essa função, ela será a fonte de nossa pesquisa. Foi publicada durante vinte e dois anos do Império do Brasil. Seu editor, Ângelo Agostini, foi importante no fortalecimento das ideias da abolição no Brasil, seus desenhos foram um marco artístico e eram entendidos desde o mais letrado até o mais humilde. Agostini era um ativista da abolição, sua obra teve o peso de muitas vozes, repercutiu em vários órgãos da imprensa imperial e dos defensores daquele modo de governar e, como consequência, de se manter a escravidão, pilar do Império. Tratava-se de uma revista cujo conteúdo atingia à população não letrada, dividia espaço meio a meio as charges/histórias em quadrinhos e os textos: quatro páginas para cada. Tal interesse se dava pela soma das imagens com a presença de demais elementos atrativos na revista como poesias, charges, críticas e textos literários. O conjunto do que foi produzido nas charges e histórias em quadrinhos do século XIX na fonte analisada era de caráter contestador, com críticas evidentes ao status quo, com posição ideológica clara e expressa em defesa da abolição, analiso o publicado na Revista a partir das teorias de Norbert Elias. Mostro essa relevância e insiro esse debate no contexto da fase final do Segundo Reinado do Império, tendo como marco histórico a fase mais desgastante para o Governo na Guerra do Paraguai.

METAFICÇÃO HISTORIOGRÁFICA E SHOUJO MANGÁ: UM OLHAR FEMINISTA SOBRE A ROSA DE VERSALHES
Valéria Fernandes da Silva
Graduação e Mestrado em História Social (UFRJ), Doutorado em História (UnB)

No Ocidente os quadrinhos têm mantido um diálogo intenso com a História que é utilizada como pano de fundo, recurso para a ação e fonte de inspiração. No Japão não é diferente. No caso do quadrinho feminino, ou shoujo mangá, a Rosa de Versalhes, de Riyoko Ikeda, inovou ao entrelaçar história e literatura para narrar os acontecimentos da vida de duas mulheres, a rainha Maria Antonieta e Oscar François de Jarjayes, uma moça criada como homem e que se torna chefe da guarda real, tendo como fundo os acontecimentos dramáticos que conduziram à Revolução Francesa. A série foi um marco cultural dentro da história dos quadrinhos japoneses, influenciando obras posteriores, seja na construção ficcional da História, ou nas discussões dos papéis de gênero. Em nosso artigo pretendemos discutir o caráter didático quadrinho, que percebemos como um tipo de literatura, como veículo de transmissão da História Ocidental para as adolescentes japonesas e discussão da inserção das mulheres no mercado de trabalho e de questões sociais urgentes, como as demandas feministas.

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS: POSSIBILIDADES E PERSPECTIVAS DO FAZER PEDAGÓGICO NO ENSINO DE HISTÓRIA
Silvano Fidelis de Lira (UEPB), Graduando em História
Patrícia Cristina de Aragão Araújo (UEPB), Drª em Educação
Maria Lindací Gomes de Souza (UEPB), Drª em Educação (UFRN), Profª Dep. de História (UEPB).

O ensino de História é um ambiente de aprendizagem que utiliza de variadas formas de materiais didáticos para o seu fazer-se, junto a isto se somam novos personagens, novas abordagens e novas fontes e nesta perspectiva, a utilização das Histórias em Quadrinho (HQ). Este trabalho busca fazer reflexões, diagnosticar problemas e propor algumas questões quanto ao uso de (HQ) e sua utilização no ensino de História. A metodologia empregada busca investigar em escolas públicas se existe a utilização das HQ e a sua receptividade em meio aos professores e alunos. É preciso, contudo perceber quais as barreiras encontradas para a sua utilização como material pedagógico, a partir disso objetiva-se traçar possibilidades para a utilização das HQ nas aulas de História, propondo possibilidades para a sua abordagem como linguagem acadêmica.

MODALIDADE DE USO DE CHARGES E CARTUNS NO ENSINO DE HISTÓRIA NA ESCOLA PÚBLICA
Maria Lindací Gomes de Souza (UEPB), Drª em Educação (UFRN), Profª Dep. de História (UEPB).
Patrícia Cristina de Aragão Araújo, Drª em Educação
Maria Aparecida Barbosa Carneiro, Profª Departamento de Serviço Social (UEPB)
Silvano Fidelis de Lira (UEPB), Graduando em História

Nosso interesse em estudar as charges e cartuns, surgiu por um fato que nos chamou a atenção, no cotidiano da sala de aula da escola pública. A constatação da baixa utilização de novas linguagens na prática e ensino de História, nas quais se destacam o uso cômico representado pelos registros em jornais e livros didáticos. Justificamos a importância do uso do aspecto risível, satírico e irônico como uma potencialidade a ser apropriada através de temáticas no contexto da sala de aula, pelo seu potencial informativo enquanto fonte visual assim como compreender a sua natureza discursiva, o seu sentido dialógico e, portanto socialmente construído enquanto documento visual, e perceber suas possibilidades de uso no ensino de História.


SESSÃO 4 |  31\07  | Sala 1 | 11h00 – 12h00

A EMERGÊNCIA DE UM NOVO PERFIL DE CONSUMIDOR DE QUADRINHOS NO BRASIL?
Lucas de Sousa Medeiros (UFU)

Dentre os pesquisadores de quadrinhos no Brasil, muitos apontam uma mudança no público leitor de quadrinhos. Diversos fatores viriam a contribuir para isso, o envelhecimento dos leitores, a elitização dos títulos, a segmentação dos consumidores com o aumento da oferta de gêneros, todavia as categorias básicas de leitor ainda se aplicam, a dos leitores ocasionais e dos constantes. O movimento alardeado de quadrinhos às livrarias e os novos modelos de produção característicos deste novo decênio, de tiragens modestas com maior valor embutido, só se tornou possível com a mudança nos hábitos de compra dos leitores? Se sim, que mudanças foram estas e no núcleo de que grupo elas se instalaram? Partindo das questões levantadas a proposta deste artigo é problematizar o valor dos quadrinhos dentro do universo simbólico dos leitores e como este seria capaz de justificar não só a compra de materiais elitizados como incentivá-la. Para tanto utilizaremos o conceito forjado por Agnelo Fedel de iconográfilos e a partir deste buscar pensar o papel do formato das publicações como um elemento de diferenciação não apenas do produto, mas também de seus consumidores. Esta lógica estaria sujeita a emergência de narrativas justificatórias mais complexas advindas da supervalorização de elementos até então relegados a segundo plano na figura de quadrinhos como um entretenimento pouco elaborado.

ENSINO, QUADRINHO E MITOLOGIA, TUDO A VER?
Wanessa Rayzza Loyo da Fonseca Marinho Vanderlei (UFPE)
Graduanda em Letras/Português e Bacharelado em Literatura

Os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), baseados nas concepções bakhtinianas, estabelecem que o ensino de língua portuguesa deve ter como base o estudo de diferentes gêneros discursivos. Visando proporcionar ao aluno o acesso ao universo textual que circula socialmente, permitindo, com isso, ao aluno produzi-lo e interpretá-lo. Um dos gêneros que está, cada vez, mais difundido mundialmente é o HQs. Todavia esse gênero ainda é tratado de forma preconceituosa, dentro e fora da sala de aula, por parte de algumas esferas sociais que o consideram como um gênero menor ou só destinado aos leitores iniciantes. Defendemos neste trabalho a concepção da HQ como suporte pedagógico para o professor, não somente nas aulas de língua portuguesa, mas para todas as outras disciplinas do currículo educacional. Para isso, analisaremos a HQ, ou como defende Will Eisner (2005), a arte sequencial Olympus(2005) de Geoff Johns e Kris Grimminger com ilustrações de Butch Guice, discutindo a importância dele para o ensino e aprendizagem da mitologia e, consequentemente, a formação do aluno.

HEROES, ELETRICIDADE E BENJAMIN FRANKLIN: O USO DE UMA HQ EM AULAS DE FÍSICA DO ENSINO MÉDIO
Paloma Nascimento dos Santos (SEE\PE)
Mestre em Química Analítica (UFRPE), Profª de Química e Física da Secretaria de Educação do Estado de PE – SEE
A série Heroes conta a história de um grupo de pessoas aparentemente comuns, mas que tem habilidades especiais que são utilizadas para evitar desastres. Foi exibida entre os anos de 2006 e 2008 e possui um site intitulado “9th Wonders”, um fansite com diversas informações, dentre elas a presença de histórias em quadrinhos  com personagens paralelos ao universo de Heroes, mas com as habilidades especiais características dos personagens. As Histórias em quadrinhos (HQ) têm encontrado bastante espaço no Ensino de Ciências. Estão disponíveis na literatura propostas que utilizam charges e histórias comerciais em sala de aula, bem como sugestões de atividades em que os próprios alunos se envolvem na elaboração. As HQs se mostram, assim, um importante aliado para a contextualização e ensino das Ciências Naturais. Partindo desse princípio, utilizou-se uma história em quadrinho da série Heroes que tinha como argumento um episódio da História da Eletricidade em uma turma de Física do Ensino Médio. A atividade foi aplicada em uma turma do terceiro ano do ensino médio, composta por 35 alunos da Escola Estadual Eneida Rabello, localizada em Pernambuco. Dividiu-se a intervenção em três momentos. No primeiro momento, os alunos realizaram a leitura da HQ “Heroes, Uma Lição de Eletricidade”, que retrata de forma ficcional o episódio do suposto experimento de Benjamin Franklin para definição da natureza elétrica de raios, utilizando uma pipa. Após a leitura, os alunos discutiram os aspectos físicos e fictícios presentes na HQ. Para o segundo momento, a turma foi dividida em equipes e realizaram uma pesquisa para avaliar os seguintes aspectos: biografia de Benjamin Franklin, situação histórico-social da época, visão de ciência da época e a veracidade da realização do experimento por Franklin, utilizando para isso um conjunto de artigos históricos sobre o tema. Após a discussão com o grande grupo, no terceiro momento, os alunos foram incentivados a reescrever um roteiro para um novo episódio de HQs, utilizando a mesma temática e procurando integrar os conceitos físicos e históricos discutidos. Os alunos elaboraram fanzines, charges, histórias curtas e roteiros, que foram socializados em momento posterior. A atividade colaborou para apresentar sentido ao estudo de eletricidade no Ensino Médio, muitas vezes, apenas matemático e descontextualizado, e serviu como ponto motivador e de envolvimento para os alunos, a partir do uso de histórias em quadrinhos.

MANGÁ: DE EXPRESSÃO NIPÔNICA A FENÔMENO GLOBAL
Taís Marie Ueta (UFMT), Mestranda em Estudos de Cultura Contemporânea (ECCO-UFMT);
Yuji Gushiken (UFMT), Prof. Dep. de Com. Social e do Mestrado em Estudos de Cultura Contemporânea (ECCO-UFMT)

O mangá, quadrinho japonês, ganhou a condição de produto da cultura internacional popular, em especial junto ao segmento jovem, ao expandir-se no mercado global. O alcance mercadológico e simbólico do mangá em hipótese, deve-se às diferenças conceituais com relação aos quadrinhos ocidentais, entre elas ao retratar o imaginário da cultura japonesa em sua dimensão dramática e com uso de variadas formas de narrativa. A caracterização visual do mangá evoca uma já histórica dimensão imagética dos processos comunicacionais na cultura japonesa, o que inclui a tradição da escrita. De modo comparativo, busca-se analisar o mangá no que ele se diferencia dos quadrinhos ocidentais: a atenção ao detalhe, amplitude em possibilidades de diagramação e principais caracterí­sticas psicológicas dos personagens. Narram-se também as formas e as dinâmicas diferenciadas de produção do mangá no contexto socioeconômico e polí­tico japonês. Destaca-se também como a convergência midiática entre televisão e internet impulsionou o alcance global do mangá como fenômeno editorial a partir da segunda metade do século XX.

ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ENSINO DAS ARTES VISUAIS, O PROJETO “O PRAZER DA ARTE” E O CURSO DE EXTENSÃO EM HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
Fábio Tavares da Silva (URCA), Graduando Artes Visuais
Fábio José Rodrigues da Costa, (URCA), Prof. Dep. de Artes Visuais da URCA.

A partir do Estágio Supervisionado em Ensino das Artes Visuais II do Curso de Licenciatura Plena em Artes Visuais foi proposto a realização do Projeto “O Prazer da Arte” objetivando desenvolver ações educativas nas diferentes expressões das Artes Visuais em parceria com o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Ensino da Arte – NEPEA voltado a estudantes de escolas públicas e privadas da cidade de Juazeiro do Norte – Ceará e regularmente matriculados no Ensino Médio. Este trabalho apresenta a experiência com o ensino de História em Quadrinhos uma linguagem artística que pode, deve e é necessária ser experimentada no ambiente formal da escola e em outros espaços de educação não formal. O curso objetivou proporcionar aos participantes o conhecer, o ler, o interpretar e o experimentar as etapas de produção de uma HQ no período de 14 a 25 de março de 2011.